Novo aeroporto do RN deve operar em menos de um ano


O aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que começou a sair do papel há mais de 10 anos com recursos públicos, deve ter as obras físicas – que agora estão a cargo da iniciativa privada – concluídas em dezembro deste ano. Os vôos começam a chegar e a partir em abril de 2014, ou seja, em menos de um ano.
Acesso
Hoje, entre o Midway Mall, em Natal, e o novo aeroporto, que deverá substituir o Augusto Severo, leva-se cerca de uma hora. É preciso ter paciência para enfrentar sinais de trânsito demorados e pegar estradas de terra, margeadas por uma vegetação abundante. O aeroporto está ainda no meio do nada. À espera de obras de acesso que estão a cargo do governo.
No caso do aeroporto, a construção já salta aos olhos.
Trabalho
Mais de 1 mil homens trabalham para levantar os terminais de cargas e passageiros e atuam, ainda, em frentes como a construção de um viaduto que dará acesso aos terminais. Os homens trabalham para empresas terceirizadas e são divididos em três turnos de trabalho, dependendo do serviço. Ajudam a acelerar a obra.
Obra
A construção do aeroporto com dinheiro privado começou em agosto de 2012. A obra é responsabilidade do consórcio Inframérica, que arrematou a concessão do aeroporto e terá direito também de administrá-lo quando estiver pronto. Atualmente estão sendo montadas as superestruturas, que são os pilares e as vigas que sustentarão o empreendimento. A cara do aeroporto começa a aparecer nessa fase. Instalações de equipamentos hidráulicos, elétricos, hidrossanitários e mecânicos começam no segundo semestre deste ano.
Operação
Os terminais de cargas e passageiros devem ficar prontos e começar a funcionar simultaneamente. Haverá capacidade para receber 6,2 milhões de passageiros por ano, mas a perspectiva é que no primeiro ano de funcionamento 4 milhões de pessoas passem pelo terminal. Para efeito de comparação, no Augusto Severo passaram cerca de 2,6 milhões em 2012. O total esperado no novo aeroporto é uma vez e meia maior que o volume atual e é calculado considerando a média de 10% de crescimento no fluxo, registrada nos últimos dez anos. Para cargas, haverá capacidade para movimentação de 10 mil toneladas por ano.
Lojas
Em julho deste ano o consórcio Inframérica pretende começar a conversar com possíveis parceiros comerciais. “São as lojas que farão parte do complexo. Vamos começar a fechar o mix”, diz o superintendente do aeroporto, Ibernon Martins. A intenção, segundo ele, é ter lojas âncoras, mas os nomes de possíveis parceiras não foram divulgados. Também não está descartada a presença de marcas que estão hoje no Augusto Severo. Essas lojas têm hoje contratos firmados com a Infraero e terão de assinar possíveis novos contratos para atuar em São Gonçalo.
Copa
A velocidade das obras é conseqüência da Copa, diz Ibernon. O consórcio quer ganhar tempo para fazer possíveis ajustes antes de começar o mundial de futebol, que terá natal entre as cidades sedes dos jogos. Há a previsão de o aeroporto augusto severo parar de funcionar comercialmente quando o de São Gonçalo do Amarante estiver pronto, mas o governo federal já sinalizou que é possível que ambos funcionem na Copa. O Inframérica não quer nem pensar nisso. “Nosso contrato diz que São Gonçalo é o aeroporto que vai estar funcionando”, disse Ibernon. Se soubéssemos que o Augusto Severo também operaria voos comerciais, durante o Mundial, não estaríamos nesse desespero (para dar velocidade à construção) “, acrescentou, durante visita às obras nesta terça-feira (23).

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