A Fachada e a cobertura da Arena das Dunas será toda revestida em Aço, cujas placas serão formatadas dentro do próprio canteiro de obra da Arena das Dunas, através de um maquinário apropriado. O sistema tem o nome de telha bidirecional e tem um prazo estimado de seis meses para ficar pronta, após o início da montagem, previsto para este mês de junho.
O
secretário da Secopa, Demétrio Torres explica detalhes das peças e da
montagem da cobertura do estádio Arena das Dunas, que também serve como
fachada para a praça esportiva de Natal
Este processo vem sendo usado em abundância nas grandes construções, segundo o engenheiro responsável pelo consórcio Arena das Dunas, Charles Maia. Segundo o qual o emprego dessas estruturas metálicas vem se expandindo graças aos inúmeros benefício que o modelo construtivo possui.
“O equipamento é todo montado no chão. Agrande diferença desse são justamente as junções das peças que, ao invés de soldadas, são rosqueadas numa peça cilíndrica que garante segurança. O fato de não necessitar de solda, também adianta muito os serviços de montagem”, ressalta Demétrio Torres.
O vão de balanço da Arena das Dunas, depois de montado terá 42 metros e irá cobrir toda parte de arquibancada. “Teoricamente todos os torcedores estarão abrigados, mas isso não quer dizer que uma chuva com vento não vá atingir os torcedores que estarão sentados nos primeiros degraus de arquibancada. Isso foge ao nosso controle e pode ocorrer mesmo”, afirmou Maia.
Demétrio Torres chama a atenção para o fato do vão livre sobre as arquibancadas, que terá mais que o dobro do antigo Machadão. “O antigo estádio tinha um vão de 18 metros apenas, era insuficiente para proteger vários torcedores da ação da chuva. O Antigo Maracanã possuía um vão de 65 metros livres no ar”, informou Torres.
Praticamente todas as arenas modernas do mundo têm cobertura metálica para vencer grandes vãos, existentes. O material oferece leveza ao acabamento e se mostrou sempre muito resistente a ação do tempo.
Fortaleza e Recife usam o mesmo sistema de Natal
O conceito usado na Arena das Dunas, é basicamente o mesmo escolhido para Arena Pernambuco, bem como para Arena Castelão, no Ceará. Cidades onde os trabalhos já foram finalizados, uma vez que os estádios servirão como sede da Copa das Confederações, cujo início está previsto para o próximo dia 15. 20% da cobertura no sistema implantado será composto por policarbonato, visando proporcionar um degrade de sombreamento e contribuir para melhoria da qualidade de transmissão televisiva, bem como reduzir a insolação do gramado.
Demétrio Torres destacou que dessa forma a iluminação dentro das arenas melhora aproveitando, ao máximo, a iluminação natural do sol, contribuindo para economia de energia. Toda concepção moderna traçada para as arenas que vão ser utilizadas na Copa, segundo o secretário da Secopa-RN, tem como princípio o respeito ao meio ambiente e a economia dos recursos naturais.
Outro destaque desse tipo de cobertura é que ela foi projetada de modo a captar água da chuva para o reuso dentro das próprias arenas. O teto desses estádios também serão a maior área de captação de água pluvial da obra.
O processo de montagem ágil e diferenciado, os módulos são pré-montados no solo e içados prontos, com o auxílio de um guindaste com capacidade para 400 toneladas, em uma operação que durou em média 45 minutos para implantação de cada módulo.
Na Arena Castelão, com a estratégia, foi possível antecipar os serviços de colocação das telhas, forros e vidros da coberta, com a mesma ainda no solo, garantindo uma maior segurança e agilidade a todo o processo.
A Fonte Nova seguiu o processo utilizado no Maracanã, optando por uma cobertura de lona resistente.
Arena do Paraná terá teto retrátil
De todos os estádios construído ou reformados no país para sediar a Copa de 2014, a arena do Atlético do Paraná é o único que será munido de um sistema inteligente de teto retrátil. Dessa forma a cobertura poderá ser completamente fechada com o acionamento de um simples botão num tempo médio de 15 minutos. No Maracanã e na Fonte Nova, completamente reconstruídos, foram privilegiados o conceito de arena verde, visando um sistema de captação de águas pluviais instalados no teto e que levam o líquido para reservatórios subterrâneos. Ambos estão utilizando películas especiais e que se limpam automaticamente, eliminando o gasto de recursos com água e produtos químicos.
O teto do Maracanã, com a nova cobertura implantada, obedecendo os sistema conhecido por big lift, ficou maior e agora tem mais de 47 mil metros quadrados. Ela cobrirá 95% dos 78.838 assentos do anel de arquibancada. A cobertura nova substituiu o concreto e agora é formada por uma estrutura de cabos e membrana tensionados, que trabalham em conjunto com um anel de compressão metálico, deixando o “teto” similar a um sistema de roda de bicicleta, igual na Arena Fonte Nova. O içamento desse conjunto foi realizado com macacos hidráulicos, chamado de “big lift”. Ao anel de compressão foram conectados os cabos tensionados, de 20 mil metros de comprimento e 110 milímetros de diâmetro. A etapa seguinte foi a colocação da membrana da cobertura, composta por 120 peças de 7,5 metros de largura por 68 metros de comprimento, tensionadas uma ao lado da outra. São lonas de teflon e fibra de vidro, materiais que dão propriedade autolimpante ao “teto” da arena, que também é translúcida e possibilita condições de luz uniforme.
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