Transporte Aereos: Desconforto em voos gera reclamações

Antes de embarcar, uma parada para o lanche. Afinal, não é certo que haverá serviço de bordo com alimentação no avião. Este é raciocínio de diversos passageiros, dentre eles, Iria Fátima Mendes, 40, operadora de telemarketing. Ela conta que se alimenta na praça de alimentação do aeroporto como precaução para as três horas de viagem que irá enfrentar. Há tempos que a companhia aérea que ela costuma viajar, Gol, cobra pelo serviço.

Passageiros de companhias aéreas fazem uma lista de reclamações. A falta de alimentação nos voos é mencionada pela maioriaPassageiros de companhias aéreas fazem uma lista de reclamações. A falta de alimentação nos
 
A reclamação sobre o conforto nas viagens de avião não param por aí. Desligamento de ar condicionado, assentos em tamanho reduzido, diminuição na quantidade de comissários de bordo, também fazem parte da lista de prejuízos aos passageiros nos últimos tempos. A situação causa preocupação no trade turístico, visto que 90% dos turistas que se destinam ao Rio Grande do Norte utilizam o transporte aéreo.

O cenário atual é desolador. Companhias aéreas têm sofrido prejuízos milionários e estão cortando despesas para o equilíbrio econômico. Passagens aéreas antes barateadas, voltam a subir de preço. O problema é que o corte de gastos para economia tem atingido diretamente o conforto dos passageiros que reclamam cada vez mais do serviço prestado.  Iria Mendes é uma das passageiras assíduas dos aviões  e fica transtornada com a atual situação. “Pagamos uma fortuna pela passagem de avião e não temos mais o serviço completo.”, reclama.

A falta do oferecimento de lanche durante a viagem, em detrimento do alto valor das passagens, é a principal das reclamações dos viajantes. “A gente paga a passagem e ainda tem que pagar o alimento. É um absurdo. Antigamente serviam de tudo”, considera Volber Silva, que sempre viaja no período de 25 dias, e, frequentemente, lida com o desconforto.

Para Felipe Ferreira, 20, balanceiro de concreto, as duas horas de viagem de São Paulo para Natal foram semelhantes a uma tortura. Os assentos dos aviões não comportam com facilidade o seu corpo de 1, 82 metros. “Na cadeira nem coube minhas pernas direito, tive que ficar de ladinho a viagem inteira. Vim a viagem inteira contando os minutos para chegar, estava sem conforto algum. Estava sentando no canto da janela, era pior ainda. Até pra levantar é complicado”, relata.

“Em comparação ao passado, acho que esse é o pior momento das empresas aéreas”, considera Henrique Sanches, 34, consultor de informática. Ele viaja uma vez por mês para São Paulo a trabalho e tem percebido a diminuição na qualidade do serviço aéreo. Sanches conta que teve dificuldade até para ser servido com um copo d’água, e, por vezes, percebe o ar condicionado desligado.

“Percebo que caiu bastante a qualidade, a comodidade da viagem. Viajei na gol dia desses e me serviram um copo d’água com muito custo, parecia um grande favor que estavam me fazendo. Em três horas e meia de viagem, o mínimo que merecíamos é uma boa alimentação”, relata Sanches. “A TAM já foi referência na qualidade, hoje diminui. Percebo que algumas vezes desligam o ar condicionado, deve ser para economizar”.

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