Geração de empregos com carteira assinada sobe 41%

O Brasil criou 94.893 vagas formais de trabalho em outubro, um resultado 41,6% maior que em igual mês do ano passado. A informação é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo governo. Em outubro de 2012, o saldo foi de 66.988. Com os números, a criação líquida de emprego formal no acumulado deste ano superou o saldo de todo o ano passado. Neste ano, o saldo está em 1,46 milhão nos dez meses, maior que o resultado final do ano passado, de 1,37 milhão. Apesar de o resultado do mês passado ter superado o mesmo mês de 2012, ficou abaixo do saldo verificado nos meses de outubro de 2011, 2010 e 2009. Nesses períodos, o resultado para o mês variou de 126 mil a 230 mil vagas. 

A indústria foi uma das que empregaram mais, com destaque para áreas de alimentos e bebidasA indústria foi uma das que empregaram mais, com destaque para áreas de alimentos e bebidas

O número de outubro também não garante que o País fechará 2013 com uma criação de postos de trabalho formal maior que no ano passado. Isso porque novembro é um mês tradicionalmente fraco em criação de vagas e, em dezembro, o resultado mais comum é de fechamento de postos de trabalho.
Se comparados os resultados de janeiro a outubro, o saldo deste ano é 18,3% maior que o dos dez primeiros meses de 2012, quando ficou em 1,23 milhão. A criação de vagas no ano passado foi a menor desde 2009.
Setores
O comércio foi o setor que mais gerou postos formais de trabalho em outubro. O setor empregou 52,1 mil pessoas a mais com carteira assinada do que demitiu. O saldo foi maior que o de serviços, que ficou em 32 mil.  A indústria de transformação criou 33,4 mil postos de trabalho, o melhor resultado dos últimos três anos, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. Do total, a produção de alimentos e bebidas responde pela maior parcela, com mais de 20 mil vagas. A agricultura fechou mais vagas do que abriu e ficou com saldo negativo de 22,7 mil vagas em outubro. Esse resultado, na avaliação do governo, se deve às características sazonais do setor. As maiores quedas foram no cultivo de café e de uva. O melhor resultado, por outro lado, foi no cultivo de soja. A construção civil também fechou vagas no mês passado. O setor fechou 2,1 mil vagas a mais do que abriu no período. O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, disse ontem que o Brasil continua gerando empregos apesar da crise e previu a criação de 5 milhões de vagas nos três primeiros anos do governo Dilma, de 2011 até o final de 2013. “O Brasil se desenvolve e cumpre a principal tarefa de geração de emprego de qualidade. A crise não afeta a geração de emprego. Temos mantido a criação de vagas sempre acima da inflação”, disse Dias ao anunciar os números do Caged, na VI Feira de Emprego do Ceará, em Fortaleza.
CRESCIMENTO NO RN
No Rio Grande do Norte, foram gerados 788 empregos em outubro deste ano, um número que reverte o cenário negativo encontrado no mesmo período do ano passado, quando houve 185 demissões a mais do que contratações. O desempenho positivo neste ano foi puxado principalmente pelo comércio, que gerou 851 vagas. Em seguida veio a indústria de transformação, com 195 vagas. Na contramão ficaram a construção civil, a indústria extrativa mineral, o setor de serviços e a administração pública, que demitiram mais do que contrataram. Entre janeiro e outubro, o saldo de empregos no RN também é positivo, mas o ritmo de contratações é menor este ano. Foram geradas 9.740 vagas ante 12.919 em 2012.

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