Servidores da saúde farão assembleia de preparação para greve

Prefeitura mudou a proposta e ofereceu 2% aos servidores, percentual muito aquém daquele pedido pela categoria.
Na quinta-feira (3), os servidores municipais da saúde de Natal realizarão uma assembleia geral, às 14h, no Sindsaúde, para preparar o início da greve do município. A assembleia é resultado da resposta negativa da prefeitura sobre o reajuste nos salários e gratificações, referente às perdas da inflação desde 2010. A Prefeitura afirmou que não tem condições de dar reajuste aos servidores neste ano.
Na manhã de segunda-feira (31), o Sindsaúde-RN e outros sindicatos participaram de uma mesa de negociação, na qual a Prefeitura, representada por SMS, Seplan, Segelm e Controladoria, apresentou a resposta sobre as reivindicações dos servidores, em especial o índice de reajuste de 18,32%, valor calculado pelo Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e que equivale às perdas da inflação desde 2010 (14,07%), além de um ganho real, com referência no crescimento do PIB.
O grupo de servidores que participou da reunião se mostrou indignado: "Tem que ver que servidor não é escravo. Nós merecemos respeito. Nós temos consciência do que passamos nas unidades de saúde e é por isso que temos que fazer greve", afirmou Gilmar Maia, técnico de enfermagem do CAPS AD - Zona Norte.
Porém, na manhã desta quarta-feira (2), a prefeitura mudou a proposta e ofereceu 2% aos servidores, percentual muito aquém daquele pedido pela categoria, que ainda reivindica condições de trabalho e segurança nas unidades.
INSEGURANÇA
Sobre a reivindicação de segurança nas unidades, o secretário de Saúde, Cipriano Maia, afirmou que não tinha como garantir a segurança para os servidores e que este era um assunto do estado, da secretária de Segurança Pública. Chegou a comparar com o assalto que sofreu, em sua casa, recentemente. Para o Sindsaúde, é responsabilidade sim da Prefeitura garantir a segurança aos servidores nas unidades de saúde, que vivem uma situação de pavor, diante do aumento e gravidade dos casos de assaltos e ameaças.

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