A indefinição ainda a ronda a data para abertura do Aeroporto Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, marcada para o dia 22 deste mês. Apesar de a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) e Consórcio Inframérica – grupo gestor do aeroporto – manterem a previsão, a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) admite que há possibilidade de mudança. “Uma reavaliação da data deve ser feita nas próximas 48 horas”, diz Eduardo Sanovicz, presidente da Abear.
O gargalo da transferência permanece o mesmo: dificuldade na interligação dos sistemas de tecnologia da informação das aéreas e do novo aeroporto.
Segundo o comandante Ronaldo Jenkins, diretor de operações de voo e segurança da Abear, um atraso do Inframérica na entrega da estrutura de TI comprometeu o cronograma original, estabelecido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Secretaria de Aviação Civil. De acordo com Jenkins, o sistema deveria ter sido entregue em 1º de maio, mas só foi liberado para as aéreas 12 dias depois. Com o atraso, a transferência só seria finalizada em 27 de maio, considerando que as aéreas precisariam de 15 dias para realizar essa operação a partir da data em que receberam a estrutura de TI.
“Nós estamos trabalhando para o dia 22 de maio, mas temos a sensação, o sentimento de que não vai ser dia 22 (a abertura), pois nós não nos sentimos seguros para demonstrar à Anac que já estamos prontos para operar adequadamente o novo sistema, já que o nosso pessoal nem sequer teve treinamento com o novo sistema”, salientou Jenkins. No cronograma original, a homologação seria realizada pela agência em 19 de maio. “Ninguém sabe exatamente quando esse aeroporto vai ser entregue. Como eu posso homologar a operação se eu não tenho sequer internet para realizar as consultas ao sistema?”, questionou o diretor.
Em off, uma fonte ligada às operações no novo aeroporto informou que o Inframérica propusera à SAC o dia 30 de maio como nova data para início das atividades no Aluízio Alves. Questionado, o consórcio reafirmou que a data do dia 22 é uma previsão, que pode mudar dependendo da homologação da Anac às aéreas.
Sistema
O sistema de tecnologia de informação utilizado pelo Consórcio Inframérica é o sistema CUTE – o mesmo utilizado no aeroporto Jucelino Kubitchek, em Brasília. O sistema permite uma “flexibilidade” nos balcões de checkin que são disponibilizados para cada companhia, dependendo da demanda de cada uma delas.
De acordo com Jenkins, a fase de transferências das companhias aéreas pode ser considerada com 80% de conclusão. Entretanto, faltam os “acabamentos” como sistema de logística, ligação de internet e a conexão das aéreas com o seus próprios sistemas. Esses “links”, segundo o presidente da Abear, são regularizados pela Sita – Sistema de Telecomunicações Aeronáuticas.
De acordo com a Abear, a Sita é responsável por interligar o sistema da empresa com o seu próprio sistema de reserva. “Por exemplo: o que você faz quando opera um totem? Você entra no sistema da empresa. Hoje em dia, para nós, o totem é um sistema fundamental para dar agilidade, porque com ele eu tiro 40% dos meus passageiros do balcão. Só que todo o sistema da empresa precisa ficar sabendo que você fez checkin, não só o aeroporto”, explica o comandante.
O vice-presidente da Sita, Mauro Pontes, afirmou à TRIBUNA DO NORTE que “os sistemas necessários para as operações de check-in e movimentação de passageiros do aeroporto estão operacionais e disponíveis a todas as empresas aéreas capacitadas e certificadas para a operação”. Ele garante que os sistemas de responsabilidade da Sita já foram entregues e estão prontos para operação. “Considerando os sistemas da Sita, não há necessidade de prorrogações no prazo para início de funcionamento do Aeroporto”.
Plano B
De acordo com a Abear, as empresas já finalizaram a transferência de mobiliário e de toda a parte física. Parte dos funcionários já está sendo deslocada para conhecer as dependências do novo aeroporto.
Apesar de já ter sido afirmado (e reiterado) pela SAC que o aeroporto Augusto Severo será entregue à Aeronáutica quando o Aluízio Alves começar a operar, as companhias aéreas também trabalham com um plano B. Segundo a Abear, o contrato das aéreas com a Infraero – que gerencia o Augusto Severo – foi renovado até agosto como garantia de permanência dos serviços.
“Já renovamos o contrato para termos a garantia que não vamos ser despejados se algo der errado no novo aeroporto”, disse Ronaldo Jenkins. As companhias também resolveram manter as estruturas no aeroporto de Parnamirim e criar uma nova estrutura no aeroporto Aluízio Alves como garantia.
Sanovicz: data deve ser reavaliada nas próximas 48 horas
O gargalo da transferência permanece o mesmo: dificuldade na interligação dos sistemas de tecnologia da informação das aéreas e do novo aeroporto.
Segundo o comandante Ronaldo Jenkins, diretor de operações de voo e segurança da Abear, um atraso do Inframérica na entrega da estrutura de TI comprometeu o cronograma original, estabelecido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Secretaria de Aviação Civil. De acordo com Jenkins, o sistema deveria ter sido entregue em 1º de maio, mas só foi liberado para as aéreas 12 dias depois. Com o atraso, a transferência só seria finalizada em 27 de maio, considerando que as aéreas precisariam de 15 dias para realizar essa operação a partir da data em que receberam a estrutura de TI.
“Nós estamos trabalhando para o dia 22 de maio, mas temos a sensação, o sentimento de que não vai ser dia 22 (a abertura), pois nós não nos sentimos seguros para demonstrar à Anac que já estamos prontos para operar adequadamente o novo sistema, já que o nosso pessoal nem sequer teve treinamento com o novo sistema”, salientou Jenkins. No cronograma original, a homologação seria realizada pela agência em 19 de maio. “Ninguém sabe exatamente quando esse aeroporto vai ser entregue. Como eu posso homologar a operação se eu não tenho sequer internet para realizar as consultas ao sistema?”, questionou o diretor.
Em off, uma fonte ligada às operações no novo aeroporto informou que o Inframérica propusera à SAC o dia 30 de maio como nova data para início das atividades no Aluízio Alves. Questionado, o consórcio reafirmou que a data do dia 22 é uma previsão, que pode mudar dependendo da homologação da Anac às aéreas.
Sistema
O sistema de tecnologia de informação utilizado pelo Consórcio Inframérica é o sistema CUTE – o mesmo utilizado no aeroporto Jucelino Kubitchek, em Brasília. O sistema permite uma “flexibilidade” nos balcões de checkin que são disponibilizados para cada companhia, dependendo da demanda de cada uma delas.
De acordo com Jenkins, a fase de transferências das companhias aéreas pode ser considerada com 80% de conclusão. Entretanto, faltam os “acabamentos” como sistema de logística, ligação de internet e a conexão das aéreas com o seus próprios sistemas. Esses “links”, segundo o presidente da Abear, são regularizados pela Sita – Sistema de Telecomunicações Aeronáuticas.
De acordo com a Abear, a Sita é responsável por interligar o sistema da empresa com o seu próprio sistema de reserva. “Por exemplo: o que você faz quando opera um totem? Você entra no sistema da empresa. Hoje em dia, para nós, o totem é um sistema fundamental para dar agilidade, porque com ele eu tiro 40% dos meus passageiros do balcão. Só que todo o sistema da empresa precisa ficar sabendo que você fez checkin, não só o aeroporto”, explica o comandante.
O vice-presidente da Sita, Mauro Pontes, afirmou à TRIBUNA DO NORTE que “os sistemas necessários para as operações de check-in e movimentação de passageiros do aeroporto estão operacionais e disponíveis a todas as empresas aéreas capacitadas e certificadas para a operação”. Ele garante que os sistemas de responsabilidade da Sita já foram entregues e estão prontos para operação. “Considerando os sistemas da Sita, não há necessidade de prorrogações no prazo para início de funcionamento do Aeroporto”.
Plano B
De acordo com a Abear, as empresas já finalizaram a transferência de mobiliário e de toda a parte física. Parte dos funcionários já está sendo deslocada para conhecer as dependências do novo aeroporto.
Apesar de já ter sido afirmado (e reiterado) pela SAC que o aeroporto Augusto Severo será entregue à Aeronáutica quando o Aluízio Alves começar a operar, as companhias aéreas também trabalham com um plano B. Segundo a Abear, o contrato das aéreas com a Infraero – que gerencia o Augusto Severo – foi renovado até agosto como garantia de permanência dos serviços.
“Já renovamos o contrato para termos a garantia que não vamos ser despejados se algo der errado no novo aeroporto”, disse Ronaldo Jenkins. As companhias também resolveram manter as estruturas no aeroporto de Parnamirim e criar uma nova estrutura no aeroporto Aluízio Alves como garantia.
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