Apesar de ainda não ter levantado voos, o Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, já traça planos para alcançar alturas maiores. O objetivo é transformar, nos próximos anos, a área de entorno ao terminal em um pólo de indústria e serviços. De acordo com o Consórcio Inframérica, gestor do aeroporto, pelo menos dois empreendimentos estão próximos do pontapé inicial: a construção de um hotel e a expansão do terminal de cargas de 4 mil para 40 mil metros quadrados, atraindo industrias de alto nível para o sítio aeroportuário.
Segundo o CEO do consórcio, Alysson Paolinelli, a abertura do novo aeroporto, que acontece amanhã (31), às 8h30, é apenas o primeira fase do investimento. “Temos uma área para muitos empreendimentos além da estrutura base, que são o terminal e o posto de combustíveis. O aeroporto cumpre a primeira etapa agora, que é a entrega. A nossa função, enquanto operadora, é transformar essa estrutura em negócios, para eu possa gerar valor no entorno, que ajudem a população e a comunidade em volta. A expansão é um processo contínuo”, afirmou, em entrevista nesta quinta-feira à TRIBUNA DO NORTE.
Na manhã de ontem, quando a reportagem visitou o terminal, os últimos ajustes ainda estavam sendo feitos nas estruturas. Cerca de 1300 pessoas ainda fazem os últimos acabamentos no terminal, como limpeza, pintura, instalação de cadeiras e polimento de janelas.
Na última quarta-feira (28), o aeroporto também passou por um simulado de operação, sob vistoria da Agência Nacional de Aviação Civil. O simulado avaliou as operações de embarque e desembarque e faz parte do processo de homologação do “lado ar” do aeroporto, que também analisa as atividades das companhias aéreas. A Anac informou, por meio de assessoria de imprensa, que o prazo máximo para resultado do processo de homologação é amanhã.
Na quarta, o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, também visitou o terminal. Ele ocupou o primeiro vôo a aterrissar no terminal. A Secretaria de Aviação Civil (SAC) informou que “tudo está ocorrendo dentro do planejado” para a finalização do aeroporto.
O ministro não estará presente na abertura de amanhã. A expectativa, segundo a SAC, é que uma solenidade seja realizada antes da Copa. O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, divulgou no twitter que a solenidade acontece em 7 de junho, com a presença da presidente Dilma Rousseff, mas a Secretaria da Presidência da República não confirmou.
Expansão
Segundo Alysson Paolinelli, a expansão do terminal de cargas deve acontecer em módulos ainda neste ano. Será para 20 mil ou 40 mil m². “O nosso interesse é fechar contrato e começar a construção ainda neste ano. Conseguimos levantar em um ano”, afirmou o CEO.
A oportunidade surgiu a partir do interesse de indústrias em se instalar ao redor do aeroporto. “Alguns projetos têm surgido com o objetivo de transformar Natal em um centro de cargas para o Brasil. Isso já está bem evoluído. São empresas que têm interesse de vir para o Estado em função da nova estrutura”, adiantou Alysson Paolinelli.
Para o consórcio, essa expansão depende da desoneração do imposto cobrado sobre o querosene de aviação. O projeto já foi apresentado ao Governo do Estado, mas ainda está em análise no Gabinete Civil. Neste primeiro momento, o novo aeroporto herda do Augusto Severo a perda de 3 mil vôos nos últimos três anos; 72 vôos diários e apenas três vôos nacionais por semana.
Enquanto a desoneração não sai, alguns projetos caminham, como a atração de indústrias de alto nível, permitindo a conexão com ZPE Macaíba e o transporte aéreo. Já existe uma indústria chinesa de tecnologia interessada em se instalar. A construção de um hotel no entorno do terminal de passageiros também está em negociação.
O que está pronto
Estacionamento
Quem está chegando pela primeira vez ao novo aeroporto se depara com uma grande estrutura, formada por cinco guichês de atendimento, que antecede em dois quilômetros o terminal de passageiros. De acordo com o Consórcio Inframérica, a estrutura não é um pedágio, mas um centro de controle de tráfego, que servirá para organizar o fluxo de entrada e saída do aeroporto. Na saída, o porta-malas do carro é vistoriado. Ao entrar, o passageiro receberá um ticket para o estacionamento do aeroporto, que possui 850 vagas e fica externo ao terminal. O estacionamento será gerido pela empresa Estapar. A expectativa é, pelo menos durante o final de semana de abertura, o estacionamento não seja cobrado aos clientes. O limite de permanência no estacionamento sem pagar taxa é de 20 minutos. A primeira hora custa R$ 8 e a segunda R$ 12. A partir daí, é acrescido R$ 1 a cada hora de uso da vaga. Uma diária custa R$ 34. A partir de três o valor é fixo em R$100.
Terminais
A reportagem teve acesso apenas ao terminal de passageiros. Com capacidade para receber 6,2 milhões de passageiros por ano, o terminal já está em fase de acabamento.
Os 45 balcões de check-in e seis totens de autoatendimento já foram instalados e possuem o sistema CUTE da Inframérica, que permite o compartilhamento das estruturas entre as companhias aéreas, de acordo com a demanda de cada uma. O embarque doméstico fica do lado direito, e o internacional do lado esquerdo do terminal. Quatro estruturas de raios-x foram instaladas em cada um dos embarques. Logo depois, o fluxo de passageiros deságua em uma área comum de embarque, que é separada por uma porta de vidro apenas quando acontecem os embarques internacionais. Os passageiros poderão embarcar por meio de seis fingers, que atendem a até oito aviões.
O desembarque internacional ainda está em conclusão: falta a instalação de cadeiras, carpete, ajustes finais no teto. A expectativa é que a área seja concluída até domingo, quando o primeiro voo internacional decola para Portugal, pela TAP Linhas Aéreas.
Lojas
O aeroporto contará com 55 lojas, entre varejo e serviços. De acordo com o consórcio gestor do aeroporto, apenas o restaurante Delfina, as três lojas DutyFree, a livraria Hudson News e a Casa do Pão de Queijo estarão abertas até sábado. A expectativa é que pelo menos 20 lojas estejam abertas até o início da Copa do Mundo em Natal. A área de desembarque internacional também contém um “corredor turístico”, onde ficarão instalados guichês de empresa de turismo, táxi ou locação de carros. A previsão era que essas empresas começassem a se instalar hoje.
Táxi
Pelo menos 120 táxis cooperados vão ficar responsáveis pelo transporte de passageiros do novo aeroporto. Os taxistas receberam a concessão da prefeitura e são os únicos autorizados a fazer corridas do aeroporto para outras áreas. Para trabalhar no aeroporto, foi exigido formação em segunda língua e curso específico. Os táxis ficarão na calçada do desembarque, no térreo do terminal. Pelo menos, 13 veículos ficam na área e os demais são direcionados para o estacionamento do aeroporto. Segundo o Demutran, durante o período inicial de operações, a corrida será cobrada apenas pelo valor da quilometragem multiplicado pela distância percorrida. Esse valor resultou em uma tabela criada pela cooperativa com preços para determinadas áreas de Natal. Uma corrida do aeroporto para a Arena das Dunas custa R$ 54. O preço é basicamente o mesmo para Candelária e Potilândia.
Segundo o CEO do consórcio, Alysson Paolinelli, a abertura do novo aeroporto, que acontece amanhã (31), às 8h30, é apenas o primeira fase do investimento. “Temos uma área para muitos empreendimentos além da estrutura base, que são o terminal e o posto de combustíveis. O aeroporto cumpre a primeira etapa agora, que é a entrega. A nossa função, enquanto operadora, é transformar essa estrutura em negócios, para eu possa gerar valor no entorno, que ajudem a população e a comunidade em volta. A expansão é um processo contínuo”, afirmou, em entrevista nesta quinta-feira à TRIBUNA DO NORTE.
Na manhã de ontem, quando a reportagem visitou o terminal, os últimos ajustes ainda estavam sendo feitos nas estruturas. Cerca de 1300 pessoas ainda fazem os últimos acabamentos no terminal, como limpeza, pintura, instalação de cadeiras e polimento de janelas.
Na última quarta-feira (28), o aeroporto também passou por um simulado de operação, sob vistoria da Agência Nacional de Aviação Civil. O simulado avaliou as operações de embarque e desembarque e faz parte do processo de homologação do “lado ar” do aeroporto, que também analisa as atividades das companhias aéreas. A Anac informou, por meio de assessoria de imprensa, que o prazo máximo para resultado do processo de homologação é amanhã.
Na quarta, o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, também visitou o terminal. Ele ocupou o primeiro vôo a aterrissar no terminal. A Secretaria de Aviação Civil (SAC) informou que “tudo está ocorrendo dentro do planejado” para a finalização do aeroporto.
O ministro não estará presente na abertura de amanhã. A expectativa, segundo a SAC, é que uma solenidade seja realizada antes da Copa. O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, divulgou no twitter que a solenidade acontece em 7 de junho, com a presença da presidente Dilma Rousseff, mas a Secretaria da Presidência da República não confirmou.
Expansão
Segundo Alysson Paolinelli, a expansão do terminal de cargas deve acontecer em módulos ainda neste ano. Será para 20 mil ou 40 mil m². “O nosso interesse é fechar contrato e começar a construção ainda neste ano. Conseguimos levantar em um ano”, afirmou o CEO.
A oportunidade surgiu a partir do interesse de indústrias em se instalar ao redor do aeroporto. “Alguns projetos têm surgido com o objetivo de transformar Natal em um centro de cargas para o Brasil. Isso já está bem evoluído. São empresas que têm interesse de vir para o Estado em função da nova estrutura”, adiantou Alysson Paolinelli.
Para o consórcio, essa expansão depende da desoneração do imposto cobrado sobre o querosene de aviação. O projeto já foi apresentado ao Governo do Estado, mas ainda está em análise no Gabinete Civil. Neste primeiro momento, o novo aeroporto herda do Augusto Severo a perda de 3 mil vôos nos últimos três anos; 72 vôos diários e apenas três vôos nacionais por semana.
Enquanto a desoneração não sai, alguns projetos caminham, como a atração de indústrias de alto nível, permitindo a conexão com ZPE Macaíba e o transporte aéreo. Já existe uma indústria chinesa de tecnologia interessada em se instalar. A construção de um hotel no entorno do terminal de passageiros também está em negociação.
O que está pronto
Estacionamento
Quem está chegando pela primeira vez ao novo aeroporto se depara com uma grande estrutura, formada por cinco guichês de atendimento, que antecede em dois quilômetros o terminal de passageiros. De acordo com o Consórcio Inframérica, a estrutura não é um pedágio, mas um centro de controle de tráfego, que servirá para organizar o fluxo de entrada e saída do aeroporto. Na saída, o porta-malas do carro é vistoriado. Ao entrar, o passageiro receberá um ticket para o estacionamento do aeroporto, que possui 850 vagas e fica externo ao terminal. O estacionamento será gerido pela empresa Estapar. A expectativa é, pelo menos durante o final de semana de abertura, o estacionamento não seja cobrado aos clientes. O limite de permanência no estacionamento sem pagar taxa é de 20 minutos. A primeira hora custa R$ 8 e a segunda R$ 12. A partir daí, é acrescido R$ 1 a cada hora de uso da vaga. Uma diária custa R$ 34. A partir de três o valor é fixo em R$100.
Terminais
A reportagem teve acesso apenas ao terminal de passageiros. Com capacidade para receber 6,2 milhões de passageiros por ano, o terminal já está em fase de acabamento.
Os 45 balcões de check-in e seis totens de autoatendimento já foram instalados e possuem o sistema CUTE da Inframérica, que permite o compartilhamento das estruturas entre as companhias aéreas, de acordo com a demanda de cada uma. O embarque doméstico fica do lado direito, e o internacional do lado esquerdo do terminal. Quatro estruturas de raios-x foram instaladas em cada um dos embarques. Logo depois, o fluxo de passageiros deságua em uma área comum de embarque, que é separada por uma porta de vidro apenas quando acontecem os embarques internacionais. Os passageiros poderão embarcar por meio de seis fingers, que atendem a até oito aviões.
O desembarque internacional ainda está em conclusão: falta a instalação de cadeiras, carpete, ajustes finais no teto. A expectativa é que a área seja concluída até domingo, quando o primeiro voo internacional decola para Portugal, pela TAP Linhas Aéreas.
Lojas
O aeroporto contará com 55 lojas, entre varejo e serviços. De acordo com o consórcio gestor do aeroporto, apenas o restaurante Delfina, as três lojas DutyFree, a livraria Hudson News e a Casa do Pão de Queijo estarão abertas até sábado. A expectativa é que pelo menos 20 lojas estejam abertas até o início da Copa do Mundo em Natal. A área de desembarque internacional também contém um “corredor turístico”, onde ficarão instalados guichês de empresa de turismo, táxi ou locação de carros. A previsão era que essas empresas começassem a se instalar hoje.
Táxi
Pelo menos 120 táxis cooperados vão ficar responsáveis pelo transporte de passageiros do novo aeroporto. Os taxistas receberam a concessão da prefeitura e são os únicos autorizados a fazer corridas do aeroporto para outras áreas. Para trabalhar no aeroporto, foi exigido formação em segunda língua e curso específico. Os táxis ficarão na calçada do desembarque, no térreo do terminal. Pelo menos, 13 veículos ficam na área e os demais são direcionados para o estacionamento do aeroporto. Segundo o Demutran, durante o período inicial de operações, a corrida será cobrada apenas pelo valor da quilometragem multiplicado pela distância percorrida. Esse valor resultou em uma tabela criada pela cooperativa com preços para determinadas áreas de Natal. Uma corrida do aeroporto para a Arena das Dunas custa R$ 54. O preço é basicamente o mesmo para Candelária e Potilândia.
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