Morreu neste domingo (25) o ex-atacante Washington, 54 anos. Ídolo do Fluminense na década de 1980, ele formou ao lado de Assis a dupla de ataque apelidada de “casal 20” (na foto ele está na cadeira de rodas ao lado de Assis).
O ex-jogador lutava há cinco anos contra uma doença degenerativa e vivia sob os cuidados de um enfermeiro. Ele foi encontrado já sem o respirador em seu apartamento. O corpo de Washington passará por exames no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba.
No Flu viveu sem melhor momento. Conquistou três títulos estaduais, em 1983, 1984 e 1985 e um Brasileiro, em 1984. A boa fase lhe rendeu convocações para a seleções brasileira.
Mas também brilhou em outros clubes, como o Internacional, quando foi campeão gaúcho de 1981. No ano seguinte, faturou o Paranaense pelo Atlético-PR. Em 1990, ganhou o Carioca pelo Botafogo em 1990. Dois anos mais tarde faturou o Capixaba pela Desportiva Ferroviária e por fim ergueu a taça do Pernambucano pelo Santa Cruz em 1993.
Veja a nota do Fluminense:
A família tricolor amanheceu mais triste neste domingo, 25. Morreu o ex-atacante tricolor e eternamente ídolo do Fluminense, Washington. Ele sofria de esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa. O clube realizou uma ação para ajudá-lo em 2009, o Washington Day, em um jogo contra o Atlético-PR, no Maracanã.
O ex-jogador vestiu a camisa tricolor por 303 oportunidades e marcou 120 gols. Atualmente, é nono maior artilheiro da história do clube.
- Ficamos muito tristes com este momento, desejamos a família conforto e tranquilidade. Foi um grande ídolo e um excelente jogador para toda torcida tricolor. Desejamos que a família tenha pleno restabelecimento depois deste acontecimento - comentou o técnico Cristóvão Borges.
Outro que lamentou profundamente o falecimento do ídolo, foi o vice-presidente de futebol, Mário Bittencourt:
- É um momento de profunda tristeza para nós perder um ex-atleta que fez parte da nossa história. Sem dúvida alguma foi um centroavante vitorioso na história do clube. Para mim, a tristeza é grande, pois foi com este time que aprendi a torcer e a ser tricolor. Foi o primeiro time que acompanhei. Em 2009, realizamos o Washington Day, foi um jogo contra o Atlético-PR, onde o Washington já lutava contra a doença e acompanhamos de perto tudo isso. Infelizmente acabou nos deixando nesta manha de domingo. Estamos muito tristes.
Washington foi marcado pela dupla que fez com Assis nos anos 80, o inesquecível casal 20.
- Acabo de receber uma notícia das mais tristes, o falecimento de uma figura grandiosa do Fluminense, que fez parte de campanhas inesquecíveis. O que vai restar para o tricolores é a saudade. Fez parte de grandes equipes do Fluminense. Que ele encontre a paz nesta outra vida - afirmou o diretor executivo do Fluminense, Paulo Angioni.
O Fluminense Football Club está de luto e agradece por tudo que este guerreiro realizou e contribuiu para história do nosso pavilhão.
- Uma perda muito sentida para a família tricolor por tudo o que ele fez pelo Fluminense. Amanhecemos mais tristes. Que ele descanse em paz e que Deus conforte o coração de sua família - encerrou o atacante Fred.
Veja a nota do Atlético-PR:
Um nome marcado para sempre na história do Clube Atlético Paranaense. O ex-atacante Washington, que com Assis formou um dos ataques mais "letais" dos 90 anos do clube, faleceu neste domingo (25), aos 54 anos, em Curitiba. O ex-jogador lutava contra uma esclerose lateral, doença regenerativa.
Washington chegou ao Furacão em 1982, juntamente com Assis, para formar o "Casal 20". Logo na primeira temporada, marcaram juntos 36 gols, fundamentais para a conquista do Campeonato Paranaense de 1982. O título quebrou um "jejum" rubro-negro, já que o último troféu do Estadual tinha sido conquistado em 1970.
No ano seguinte, o Casal 20 levou o Atlético Paranaense a uma campanha histórica no Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro chegou até a fase semifinal e, por pouco, não foi para a decisão. Contra o Flamengo de Zico, Júnior, Bebeto e companhia, o time rubro-negro perdeu por 3 a 0, no Maracanã. Na partida de volta, venceu por 2 a 0, em partida que marcou o maior público do Estado na história. No Couto Pereira, 67.491 torcedores viram o Furacão quase se classificar e vencer o time que, pouco depois, seria campeão.
Também em 1983, Washington se transferiu para o Fluminense. Passou por outros clubes, antes de retornar à Baixada em 1991, ano em que o Rubro-Negro conquistou o vice-campeonato Estadual e disputou o Torneio de Winthertur, na Suíça.
O Clube Atlético Paranaense presta suas condolências a todos os amigos e familiares de Washington, nome que permanecerá para sempre na história do Furacão.
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