O perfil “linha dura” foi um dos principais motivos para a escolha de Dunga no comando da Seleção Brasileira. O anúncio oficial será feito hoje pela Confederação Brasileira de Futebol – CBF, no Rio de Janeiro.
A escolha da CBF surpreendeu e desagradou profissionais do futebol e também os torcedores. Pesquisas não oficiais apontam desaprovação, em sua maioria. O anúncio, antecipado pelo programa Fantástico da TV Globo, foi seguido de uma pesquisa via internet no site da emissora e os números negativos ultrapassaram os 80%. A maioria pedia técnico estrangeiro para comandar a Seleção Brasileira na missão Rússia 2018.
Ontem, véspera do anúncio oficial do novo técnico da seleção brasileiro, Dunga não quis falar sobre a possibilidade de retornar ao cargo. O comandante de 2019 e capitão do tetra em 1994 deixou a sua residência em Porto Alegre, a pé, quando foi abordado por repórteres. O treinador preferiu não dar pistas sobre a contratação da CBF. “Não sei de nada. Vocês é que falam”, respondeu Dunga, informou o jornal “Zero Hora”.
A volta de Dunga teve participação direta de Rinaldi, nomeado diretor de seleções. José Maria Marin, atual presidente da CBF, e Marco Polo Del Nero, eleito para assumir a presidência em 2015, aceitaram de pronto a sugestão de Rinaldi e passaram a negociar com Dunga.
Confirmado sucessor de Felipão, Dunga pode apresentar hoje a sua comissão técnica. Em 2010, seu auxiliar direto foi Jorginho e a maioria dos assessores (médico, preparador físico, fisiologista e assessor de imprensa) também esteve com Felipão na Copa de 2014, encerrada no último dia 13.
LINHA DURA
Na Copa de 2010, enclausurou os jogadores em um hotel dentro de um campo de golfe em Johannesburgo, na África do Sul, e só permitiu acesso aos atletas em entrevistas oficiais
A campanha do Brasil naquele Mundial também foi modesta: venceu a Coreia do Norte por 2 a 1, derrotou Costa do Marfim por 3 a 1, e empatou sem gols com Portugal. Nas oitavas de final ganhou do Chile por 3 a 0 e perdeu para a Holanda por 2 a 1 nas quartas. Antes do Mundial na África do Sul, Dunga havia conquistado a Copa América na Venezuela, em 2007. Dois anos depois, levou a Copa das Confederações disputada na África do Sul.
Um dia depois de demitir Dunga, Ricardo Teixeira revelou que estava arrependido de não ter feito a troca de treinadores antes da Copa. “Não se interrompe um voo quando o avião sobrevoa o mar”, disse o presidente da CBF.
Os primeiros compromissos do time serão em setembro, nos amistosos contra Equador e Colômbia nos Estados Unidos.
Cinco razões para a entidade chamar Dunga:
1 - A CBF queria um treinador com perfil linha dura
A análise da cúpula da CBF é que a seleção que disputou a Copa de 2014 esteve muito exposta em alguns momentos. Na véspera do jogo contra a Alemanha, por exemplo, havia convidados no hotel do Brasil até 22h.
2 - Exclusões de Alejandro Sabella, Tite e Muricy Ramalho
A CBF chegou a flertar com Alejandro Sabella, técnico que comandou a Argentina e não aceitou sequer iniciar conversa, queria descansar e resolver as coisas com a AFA. Tite foi barrado por ser ligado a Andrés Sanchez, principal adversário político de Marin e Marco Polo del Nero e Muricy Ramalho faria muitas exigências para assumir a seleção.
3 - Gilmar Rinaldi tem bom relacionamento com Dunga
O novo gestor é amigo do treinador desde a época em que ambos eram atletas.
4 - A CBF aprovou os resultados da seleção com Dunga
O Brasil de Dunga foi sexto colocado na Copa de 2010, pior posição da seleção desde o nono lugar de 1990. Os títulos da Copa América, Copa das Confederações e as eliminatórias animam a CBF.
5 - Dunga não é um alvo de Romário
O ex-jogador e atual deputado federal é um dos principais opositores da atual gestão da CBF, mas tem bom relacionamento com Dunga – os dois e Gilmar foram companheiros na seleção que conquistou a Copa de 1994.
Dunga esteve em Natal para acompanhar a Copa do Mundo e agora volta ao comando da Seleção Brasileira para a Copa da Rússia
A escolha da CBF surpreendeu e desagradou profissionais do futebol e também os torcedores. Pesquisas não oficiais apontam desaprovação, em sua maioria. O anúncio, antecipado pelo programa Fantástico da TV Globo, foi seguido de uma pesquisa via internet no site da emissora e os números negativos ultrapassaram os 80%. A maioria pedia técnico estrangeiro para comandar a Seleção Brasileira na missão Rússia 2018.
Ontem, véspera do anúncio oficial do novo técnico da seleção brasileiro, Dunga não quis falar sobre a possibilidade de retornar ao cargo. O comandante de 2019 e capitão do tetra em 1994 deixou a sua residência em Porto Alegre, a pé, quando foi abordado por repórteres. O treinador preferiu não dar pistas sobre a contratação da CBF. “Não sei de nada. Vocês é que falam”, respondeu Dunga, informou o jornal “Zero Hora”.
A volta de Dunga teve participação direta de Rinaldi, nomeado diretor de seleções. José Maria Marin, atual presidente da CBF, e Marco Polo Del Nero, eleito para assumir a presidência em 2015, aceitaram de pronto a sugestão de Rinaldi e passaram a negociar com Dunga.
Confirmado sucessor de Felipão, Dunga pode apresentar hoje a sua comissão técnica. Em 2010, seu auxiliar direto foi Jorginho e a maioria dos assessores (médico, preparador físico, fisiologista e assessor de imprensa) também esteve com Felipão na Copa de 2014, encerrada no último dia 13.
LINHA DURA
Na Copa de 2010, enclausurou os jogadores em um hotel dentro de um campo de golfe em Johannesburgo, na África do Sul, e só permitiu acesso aos atletas em entrevistas oficiais
A campanha do Brasil naquele Mundial também foi modesta: venceu a Coreia do Norte por 2 a 1, derrotou Costa do Marfim por 3 a 1, e empatou sem gols com Portugal. Nas oitavas de final ganhou do Chile por 3 a 0 e perdeu para a Holanda por 2 a 1 nas quartas. Antes do Mundial na África do Sul, Dunga havia conquistado a Copa América na Venezuela, em 2007. Dois anos depois, levou a Copa das Confederações disputada na África do Sul.
Um dia depois de demitir Dunga, Ricardo Teixeira revelou que estava arrependido de não ter feito a troca de treinadores antes da Copa. “Não se interrompe um voo quando o avião sobrevoa o mar”, disse o presidente da CBF.
Os primeiros compromissos do time serão em setembro, nos amistosos contra Equador e Colômbia nos Estados Unidos.
Cinco razões para a entidade chamar Dunga:
1 - A CBF queria um treinador com perfil linha dura
A análise da cúpula da CBF é que a seleção que disputou a Copa de 2014 esteve muito exposta em alguns momentos. Na véspera do jogo contra a Alemanha, por exemplo, havia convidados no hotel do Brasil até 22h.
2 - Exclusões de Alejandro Sabella, Tite e Muricy Ramalho
A CBF chegou a flertar com Alejandro Sabella, técnico que comandou a Argentina e não aceitou sequer iniciar conversa, queria descansar e resolver as coisas com a AFA. Tite foi barrado por ser ligado a Andrés Sanchez, principal adversário político de Marin e Marco Polo del Nero e Muricy Ramalho faria muitas exigências para assumir a seleção.
3 - Gilmar Rinaldi tem bom relacionamento com Dunga
O novo gestor é amigo do treinador desde a época em que ambos eram atletas.
4 - A CBF aprovou os resultados da seleção com Dunga
O Brasil de Dunga foi sexto colocado na Copa de 2010, pior posição da seleção desde o nono lugar de 1990. Os títulos da Copa América, Copa das Confederações e as eliminatórias animam a CBF.
5 - Dunga não é um alvo de Romário
O ex-jogador e atual deputado federal é um dos principais opositores da atual gestão da CBF, mas tem bom relacionamento com Dunga – os dois e Gilmar foram companheiros na seleção que conquistou a Copa de 1994.
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