Na madrugada dessa segunda-feira (23) o coordenador da Capela São Judas Tadeu na comunidade de Guajiru, São Gonçalo do Amarante, acordou e teve um tremendo susto, a capela tinha sido arrombada e profanado o tabernáculo, na Paróquia de Santo Antônio. Atearam fogo em todas as imagens, roubaram ventiladores, tudo ficou totalmente destruído.
Segundo as informações o coordenador da capela foi a delegacia fazer o boletim de ocorrência e pedir para que seja feita todas as investigações. Na comunidade o clima é de muita tristeza para os católicos, não só na comunidade mais toda a nação do catolicismo fica triste com o que ainda vem acontecendo nas igrejas.
O engraçado é que no ano passado a redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), falou exatamente disso, Como combater a intolerância religiosa no Brasil. Certamente ainda estamos longe.
Imagem na Igreja é idolatria?
UMA DAS MAIORES disputas entre católicos e os ditos "evangélicos" está,
sem dúvida, na questão do uso das imagens na Igreja. A Igreja Católica
defendeu o seu uso desde o princípio, e também as igrejas cristãs
ortodoxas, ao contrário de certas novas comunidades protestantes ou
derivadas do protestantismo, denominadas "evangélicas". Ocorre que, a
partir de Lutero, novos grupos confessionalmente cristãos passaram a
encarar a questão como um insulto ao Mandamento divino que proíbe a
confecção de imagens: "Não terás outros deuses diante de mim. Não farás
para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu nem
em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra" (Ex, 20,4-5).
Muitos pastores frequentemente atacam os católicos, chamando-os de "idólatras", nome que na antiguidade era dado aos pagãos adoradores de ídolos,
como se as imagens usadas nos templos católicos representassem ídolos,
ou – ainda pior – dando a entender que a Igreja ensina a "adorar" essas
imagens.
Basta uma breve e simples averiguação para se constatar que nada disso
corresponde à verdade: em primeiro lugar, as imagens que se encontram
nas igrejas católicas não são "ídolos", isto é, não representam deuses
estranhos (é a isso que o termo se refere). Segundo, a Igreja jamais
ensinou a “adorar” essas imagens, mas sim que se tratam de
representações artísticas, com função de homenagem à memória dos santos e
anjos e do próprio Jesus Cristo. Muito simples.
Para começar a entender a questão, é necessário antes entender o que é
uma "imagem". Para cumprir o Mandamento bíblico "ao pé da letra", isto
é, fora do seu contexto, e não usar imagem de modo algum, nós teríamos
que derrubar todas as estátuas e monumentos das praças e museus; queimar
as obras clássicas das galerias de arte; não poderíamos possuir
qualquer objeto figurativo, nem algum livro com figuras ou deixar uma
filha brincar de boneca; não se poderia fixar em parede algum cartaz;
não assistir TV (imagens em movimento) nem ter um porta-retratos, nem
nada parecido com isso! Em última análise, o registro e porte de
documentos oficiais estaria proibido, pois exigem fotografia, que se
trata de um tipo de imagem gravada em papel.
A tradição do uso das imagens, portanto, vem dos primeiros cristãos,
como um meio para dar a conhecer e transmitir a fé e o amor a Cristo e
preservar a memória dos santos. Entre as muitíssimas provas deste fato,
estão as catacumbas dos primeiros cristãos –, a maioria localizada em
Roma –, onde ainda se conservam imagens, em especial as da santíssima
Virgem Maria, como as de Santa Priscila, anteriores ao séc. III.
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