Desde esta segunda, presos estão em cima dos
telhados dos pavilhões, alguns com camisas cobrindo o rosto, e a rotina
de ameaças a rivais de outras alas continua
FONTE: Agora RN
FONTE: Agora RN
A rebelião ocorrida no último fim de semana e que terminou com o
saldo de 26 mortes até então continua repercutindo dentro da
Penitenciária Estadual de Alcaçuz, palco da chacina.
Desde esta segunda-feira (16), os presos estão em cima dos telhados
dos pavilhões, alguns com camisas cobrindo o rosto, e a rotina de
ameaças a rivais de outras alas continua.
Nesta terça-feira (17), os detentos pertencentes a facção criminosa
Sindicato do RN já amanheceram na mesma condição em que encerram o dia
anterior: sobre os telhados.
Os primeiros gritos de ordem foram perceptíveis pela imprensa
presente no local: “estamos prontos para a guerra”, disse um deles,
segundo a reportagem da Tribuna do Norte.
Sindicato domina presídios potiguares
As autoridades de segurança do Rio Grande do Norte estimam que 28 das
32 unidades prisionais do Estado sejam dominadas pelo Sindicato do
Crime (SDC), facção aliada ao Comando Vermelho e alvo do ataque de
sábado (14).
Os 26 assassinatos podem desencadear uma reação nas outras cadeias
onde a minoria é de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) ou
de detentos considerados neutros. O Governo do Estado já declarou sinal
de alerta.
O início
O clima começou a ficar tenso na Penitenciária Estadual de Alcaçuz no
final da tarde do sábado (14). Os detentos iniciaram uma rebelião e
mataram 26 pessoas, segundo informações repassadas pelo Governo do
Estado à imprensa no final da noite do domingo (15).
A rebelião foi confirmada pela Secretaria de Justiça e Cidadania do
Estado (Sejuc) tão logo iniciou. O coordenador de administração
penitenciária da Secretaria, Zemilton Silva, informou à imprensa,
naquele momento, que o tumulto era de “grandes proporções” na unidade
prisional da grande Natal.
A assessoria da Polícia Militar disse que o motim começou por volta
das 16h30, quando presos do pavilhão 1 invadiram o pavilhão 5 da
penitenciária. As alas são controladas por facções criminosas rivais,
denominadas de PCC e Sindicato do Crime.
Somente por volta das 6h30 da manhã de domingo (15), o Grupo de
Operações Especiais (GOE) da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania
(Sejuc) e a Polícia Militar, com equipes do BOPE e CHOQUE, deram início à
ocupação da Penitenciária.
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa
Social (Sesed), a operação foi considerada um sucesso e o presídio
estava dominado pela equipe de segurança do Governo do RN. Após a saída
dos agentes de dentro do presídio, os presos voltaram a fazer motins,
mas até o momento não houveram novos confrontos. Ao todo, a rebelião
sanguinária durou 14 horas.
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