Famílias lamentam o ocorrido, pois não tem para onde ir.
FONTE: Manacy Henrique
Barracos foram demolidos na tarde dessa quarta-feira, 17, no trecho da BR 312, Alagadiço Grande, em São Gonçalo do Amarante, RN. Segundo o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, “Deda”, quem chegou para fazer a derrubada não apresentou ordem judicial.
E pior: não respeitaram o que determina a lei, inclusive, o prazo de desocupação não foi respeitado. Cerca de 30 família, por força de um trator, ficaram sem as suas moradas. Dona Maria do Socorro da Silva, de 77 anos, que perdeu a filha faz pouco tempo, disse que era sozinha e não sabia o que fazer.
Faz três anos e quatro meses que essas pessoas esperam pela legalização da terra, quero dizer, da Fazenda Pinheiro. Seu Manoel Floripe Alustrtal disse que a terra está sob vistoria e que, esta é a sua esperança, que tudo estava próximo de ser resolvido.
Por isso nem ele nem Seu Olério Carlos Xavier entenderam porque tanta pressa em cumprir a suposta determinação da Justiça. “Tanto ladrão por aí e ninguém prende, mas com a gente trabalhador é tudo rapidinho”, reclamou Seu Olério.
A única ajuda dada pelo MTRS aos acampados é de uma cexsa-básica mensal, às vezes, passam dois, três meses para entregar. No momento da demolição, existia uma advogada dos integrantes do movimento, três viaturas da polícia e duas pessoas que não foram identificadas.
O coordenador me convidou para voltar à tarde, pois os integrantes vão receber a visita da direção geral do movimento. Vão tentar anular o efeito da ação judicial. A terra que não produz 75% da sua área é considerada improdutiva, por isso que invadimos”, argumento “Deda’.
Nenhum comentário:
Postar um comentário