FÉ E DEVOÇÃO: 13 de Dezembro, dia de Santa Luzia
A comunidade de
Serrinha de Cima-SGA/RN, se preparam para logo mais a noite festejar o encerramento de sua padroeira Santa Luzia, hoje
o dia é de muita correria e uma programação apertadíssima. A festa é marcada pela multidão de fieis que acompanham em
cortejo uma linda procissão e finaliza com a grande missa. Vem também se
tornando tradição uma grande queima de fogos no termino da cerimônia.
Você é convidado a participar traga a sua família e venha louvar ao
senhor e pedir a Santa Luzia para enxergar com os olhos da fé e do
coração.
PROGRAMAÇÃO:
5h00 - Alvorada
6h00 - Ofício de Nossa Senhora
10h00 - Batizados
12h00 - Pipocaço (Queima de fogos)
17h00 - Procissão
19h30 - Santa Missa
Conheça a história de Santa Luzia
Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome
deriva do latim, é muito amada e invocada como a protetora dos olhos,
janela da alma, canal de luz.
Conta-se que pertencia a uma família
italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, ao ponto de Luzia
ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai,
Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de distinta
família, porém pagão. Ao pedir um tempo para o discernimento foi para
uma romaria ao túmulo da mártir Santa Ágeda, de onde voltou com a
certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimento
por que passaria, como Santa Ágeda.
Vendeu tudo, deu aos pobres e logo foi
acusada pelo jovem que a queria como esposa. Santa Luzia, não querendo
oferecer sacrifício ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, teve que
enfrentar as autoridades perseguidoras e até a decapitação em 303, para
assim testemunhar com a vida, ou morte o que disse: “Adoro a um só Deus
verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade”.
Somente em 1894 o martírio da jovem
Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se
descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em
Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição trazia o nome da mártir e
confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século
IV.
Mas a devoção à santa, cujo próprio nome
está ligado à visão (“Luzia” deriva de “luz”), já era exaltada desde o
século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a
incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os
milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas
auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações
para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.
Diz a antiga tradição oral que essa
proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria
arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a
renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade
cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico
escritor Dante Alighieri, na obra “A Divina Comédia”, que atribuiu a
santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se
espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até
hoje.
Luzia pertencia a uma rica família de
Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como
esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de
virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu
porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu
convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa
Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha
mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse
seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo.
Entretanto quem não se conformou foi o
ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao
governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo
cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento.
Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a
carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a
tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos
conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali
mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes,
mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta
conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304.
Para proteger as relíquias de santa Luzia
dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as
enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram
ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos
soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa
Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na
Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido
para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também.
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