Ônibus
Motoristas descartam greve
A possibilidade da retomada da greve dos rodoviários em Natal é muito
remota. Após reunião de conciliação ocorrida ontem na Procuradoria
Regional do Trabalho, os sindicatos da classe empresarial e dos
trabalhadores começaram a chegar a um acordo para o fim das negociações.
Haverá ainda duas reuniões na semana que vem somente entre o Sintro e o
Seturn - na segunda e na quarta-feira - que vão anteceder o próximo
encontro no Ministério Púbico do Trabalho, na quinta-feira. A
expectativa é de que nesta última ocasião se feche um acordo.
Durante
os próximos encontros, ficou combinado entre as partes que serão
debatidos pontos como pagamento do vale-alimentação de forma unificada -
igual para todos os funcionários. A discussão gira em torno de quais
serão as cessões de ambos os lados para a implementação dos benefícios.
Os
empresários podem conceder o vale-alimentação unificado, por exemplo,
caso a porcentagem que representaria o benefício em cima do salário dos
trabalhadores seja reduzida. O Sintro quer o pagamento no valor de R$
159 - o correspondente a 6% do salário.
O seguro de vida foi o
ponto em que os sindicatos mais convergiram, mas também tratarão do
assunto durante as reuniões da semana que vem. Nastagnan Batista
dispensou a possibilidade de uma nova paralisação por acreditar que vai
chegar a um acordo com os empresários até a próxima quinta. O
sindicalista afirma que além dos pontos expostos vai pleitear um aumento
salarial acima do oferecido pelo Seturn. "Não estamos satisfeitos com
os 6%, e vamos tentar aumentar essa porcentagem durante as negociações",
afirmou.
Durante as discussões na Procuradoria Regional do
Trabalho, Agnelo Cândido do Nascimento se referiu ao Executivo Municipal
com dureza. O presidente do Seturn diz que após a Prefeitura ter negado
a desoneração fiscal em cima do custo da passagem do transporte em
Natal, agora os empresários vão recorrer judicialmente da decisão.
Agnelo Cândido cobrou também intervenções do Município no trânsito,
como a criação de um corredor destinado a ônibus nas principais vias da
capital. "Isso aumentaria a nossa velocidade média para cumprimento do
percurso, e diminuiria nossos gastos", explicou.
O representante
da Prefeitura do Natal, mais uma vez, não compareceu à audiência
presidida pelo procurador regional do Trabalho José Diniz de Morais, e
os sindicatos entenderam que precisam chegar a um acordo sem que haja
intervenção do Município para a facilitação da negociação de valores.
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