Federação da Agricultura e Pecuária do RN visitou 5 municípios do estado.
Trabalho objetivou averiguar os problemas gerados pela estiagem.
A seca que perdura no interior do Rio Grande do Norte
está prejudicando outras áreas de produção, além da agricultura e
pecuária. Em Santana do Matos, município distante 191 quilômetros de
Natal, os produtores de leite sofrem com a mortandade das vacas, que
está diminuindo a quantidade da produção e gerando prejuízos. Neste
final de semana, uma equipe da Federação da Agricultura e Pecuária do
Rio Grande do Norte (Faern) realizou uma expedição a cinco municípios
das regiões Central, Oeste e Seridó do estado para constatar a gravidade
da situação. Antônio Arruda da Cunha, o 'Antônio da Volta', é lacticultor de Santana do Matos, cidade distante 191 quilômetros de Natal.
Sem perspectiva de chuva e com o gado morrendo, Antônio da Volta
decidiu procurar financiamentos bancários. O auxílio de amigos também
foi uma alternativa para conseguir dinheiro na tentativa de reerguer o
negócio. Como as chuvas não vieram, as dívidas se acumularam. O produtor
afirmou que, hoje, deve mais de R$ 1 milhão em empréstimos.Vaca magra não consegue ficar de pé sem ajuda |
A maior parte da produção de Antônio da Volta é destinada à Associação dos Pequenos Agropecuaristas do Sertão de Angicos (Aspasa). Segundo Marcone Angicano, presidente da Aspasa, aproximadamente 90% do total da produção dos associados é destinada ao Programa do Leite, desenvolvido pelo Governo do Estado.
Angicano também afirmou que a Associação tem mais de 1.000 produtores cadastrados. Porém, apenas 300 continuam produzindo durante a seca. Marcone Angicano disse que o litro de leite bovino é vendido a R$ 0,93 e o de cabra a R$ 1,50.
Para Antônio da Volta, faltam políticas públicas de incentivo ao produtor rural, como agilidade nos financiamentos e subsídios com um custeio mais elevado pelo Estado. Os produtores cobram medidas mais efetivas do Governo para o combate à seca. “Só os carros-pipa e o fornecimento de milho não são o bastante”, reclamou.
O lacticultor também disse que não compensa aos produtores o cadastro na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o recebimento do grão, pois a quantidade não é suficiente.
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