Agnelo Cândido, do Seturn, disse que o sindicato é colaborativo com o processo de implantação da bilhetagem única.
Os vereadores membros da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Natal ouviram hoje (12) o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn), Agnelo Cândido Nascimento. O depoimento fez parte dos trabalhos da CEI que investiga o descumprimento da Lei de Bilhetagem Eletrônica Única, aprovada há meses pelos parlamentares.
Nessa sexta oitiva, os vereadores questionaram a empresa detentora da única tecnologia de bilhetagem existente no transporte coletivo público da capital potoiguar, compartilhada até agora apenas com parte dos permissionários. “Nós acompanhamos a série de dificuldades impostas pelo Seturn em todo esse processo. Se houvesse esse grau de entendimento nos não estaríamos com essa dificuldade de entendimento entre as partes”, ressaltou o propositor da CEI, o vereador George Câmara (PC do B).
Agnelo Cândido, defendeu que o Seturn é colaborativo com o processo e negou que o sindicato cometa qualquer tipo de sonegação fiscal com o esquema. “Nós não criamos as regras. As regras têm de ser criadas a 3 mãos e em seguida temos de falar dos investimentos nos equipamentos. Além disso, pagamos a prefeitura todo o imposto devido e eles recebem nossos dados para acompanhar o controle de nossas operações”, destacou.
O Seturn manteve sua base de argumentação na oitiva em torno dos déficits e precariedade do Sistema de Transporte Público e culpou, entre outros fatores, a dificuldade de mobilidade urbana como causa na redução de viagens feitas pelos ônibus e consequente inchaço do número de passageiros em cada veículo.
“O que verificamos é que de concepção o Seturn é contrário ao que nós aprovamos nesta casa e questiona a essência da matéria. Legislamos sobre isso para que o poder público exerça seu papel e a comercialização faz parte disso, pois o serviço prestado pelo sindicato é de natureza pública”, concluiu George Câmara.
Os vereadores Aroldo Alves (PSDB), Marcos do PSOL, Amanda Gurgel (PSTU) e Sandro Pimentel (PSOL) fizeram diversos questionamentos sobre a tecnologia da bilhetagem, dados de lucros e prejuízos com o sistema e vontade política de solucionar a implantação da bilhetagem. Entre as respostas, Agnelo Cândido, propôs que seja montado um grupo de trabalho para estudar os investimentos necessários para o cumprimento da lei. Segundo o presidente, o custo para a unificação ficaria em torno de R$ 1 milhão.
Ao final da oitiva, o presidente da CEI, o vereador Hugo Manso (PT) definiu para esta terça-feira (13), às 14h30, um reunião entre os membros da Comissão, para avaliar o trabalho feito até agora e definir o calendário de atividades seguintes na investigação.
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