Foi publicado esta semana, pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), um panorama sobre a produção de lixo no Brasil. Segundo o estudo realizado pela entidade, houve um crescimento de 29% da geração de resíduos, em 11 anos. O número ultrapassou a taxa de crescimento populacional do país, que foi de 6% no mesmo período.
No ano passado, houve o fim do prazo para a aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que, desde 2010, previa a adequação das cidades brasileiras em relação à gestão do lixo. A lei determinava que os lixões a céu aberto do país fossem extintos ou substituídos por aterros sanitários para receberem apenas dejetos (o que não tem como ser aproveitado). A exigência para esses locais é que sejam forrados com uma manta impermeável, para evitar a contaminação do solo e ter um sistema de tratamento para o chorume.
Além disso, segundo a PNRS, os municípios deveriam investir na implantação de sistema dereciclagem, reuso de materiais, compostagem, tratamento do lixo e coleta seletiva. Porém, pouco feito até este ano. Dados referentes a 2014 indicam que foram produzidos 78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos no Brasil, dos quais, mais de 41% não tiveram destinação adequada. Há uma evolução neste cenário apenas com relação à reciclagem. O levantamento mostrou que houve um crescimento de pouco mais de 5% do número de municípios que investiram em alguma iniciativa de coleta seletiva.