Investimento deverá ser sediado no município de Extremoz, na Grande Natal; secretário Flávio Azevedo viaja a Brasília para assegurar recursos do Banco Mundial
Fonte: Agora RN
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Flávio Azevedo, titular da Sedec-RN Foto: José Aldenir |
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Flávio Azevedo, viajou nesta quarta-feira, 12, a Brasília para fechar um acordo com o Banco Mundial. O contrato a ser firmado com a entidade prevê a liberação de recursos para a construção de um parque tecnológico no município de Extremoz, na Grande Natal.
Flávio Azevedo preferiu não adiantar informações sobre o projeto atualizado e fez segredo sobre as negociações, que, segundo ele, seguem em caráter de confidencialidade. “Estou indo a Brasília conversar com o Banco Mundial para poder fechar o assunto. Só terei informações após fechar esse contrato, o que deve acontecer até está sexta-feira, 14. Por enquanto, não posso falar nada sobre isso”, resumiu.
Nesta terça-feira, 11, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou um projeto que autoriza o Estado a receber a doação de um terreno, em Pitangui, para a implantação do parque. Na reunião, Flávio prestou esclarecimentos sobre a documentação que já havia sido entregue à presidente da CCJ, deputada Márcia Maia (PSDB), solicitada em diligência baixada pelo relator da matéria, deputado Carlos Augusto Maia (PSD).
Para a tucana, que se disse satisfeita com os esclarecimentos prestados, o projeto será extremamente importante para o estado. “Nós encerramos os nossos trabalhos ordinários fazendo a parte da Assembleia Legislativa, aprovando a matéria que estava tramitando em regime de urgência. A implantação do Parque Tecnológico vai impulsionar, com a participação do setor acadêmico, o desenvolvimento econômico aliado ao social e ao turismo”, destacou Márcia.
Em sua explanação na CCJ, Flávio Azevedo lembrou que o Rio Grande do Norte é atualmente o maior produtor de energias renováveis do país, com destaque para a energia eólica, mas não dispõe de nenhuma indústria que produza equipamentos para o setor.
“Para se ter uma ideia da importância do setor eólico, o Rio Grande do Norte produz três giga watts, o que representa duas vezes o que o estado consome. No entanto, os aerogeradores e as hélices vêm de Pernambuco e do Ceará. Não contamos aqui com nenhuma fábrica desses equipamentos. A ausência de infraestrutura faz com que o Estado não seja atrativo”, frisou o secretário, dando pistas do que será a vocação do parque a ser instalado na Grande Natal.
PLANEJAMENTO
O projeto de instalação de um parque tecnológico em Extremoz foi apresentado em junho de 2016 durante a visita do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, ao Rio Grande do Norte. Na oportunidade, foi anunciado que o espaço – batizado de PotyPark – deve ter as obras iniciadas em setembro deste ano.
“Assumo o compromisso de colaborar com o desenvolvimento do projeto e incentivar o potencial econômico do estado em diversas áreas, com ênfase no biodiesel, energia eólica e mineração. Vamos trabalhar em parceria com o governo, instituições públicas e iniciativas privadas para tornar o PotyPark em uma referência na região Nordeste”, explicou Kassab à época.
O governador Robinson Faria também destacou o potencial econômico do projeto. “Vamos transformar grandes ideias em negócios de sucesso, gerando riquezas para o estado. Além disso, o espaço vai dar suporte tecnológico a cadeias produtivas como as energias renováveis, pesca oceânica, fruticultura e carcinicultura. É um legado de mais de R$ 90 milhões que vai garantir o futuro das próximas gerações. Nossa meta é entregar o parque em 2018”, afirmou o chefe do executivo potiguar.
A Reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ângela Paiva, garantiu a contribuição da instituição com a pesquisa e capacitação de profissionais. “Temos projetos acadêmicos que podem ser colocados em prática e trazer benefícios econômicos e sociais para população”, disse a reitora.
Segundo levantamento realizado no ano passado, o PotyPark contará com investimentos da ordem de R$ 90 milhões, provenientes do programa “Governo Cidadão”, que opera recursos do Banco Mundial. O parte tecnológico deverá ficar localizado em uma área de 120 hectares em Pitangui, Extremoz, litoral norte do estado.
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